Buíque recebe título de capital pernambucana de arte rupestre
Lei do deputado Isaltino Nascimento é aprovada. O objetivo é preservar a história e incentivar o turismo ambiental e ecológico local do Vale do Catimbau
Considerado um dos sítios arqueológicos do Brasil, o Vale do Catimbau fez Buíque receber o título de capital do Estado na arte rupestre. A inciativa é do deputado estadual Isaltino Nascimento, que teve lei publicada e que faz a cidade ser reconhecida por abrigar o segundo maior parque de arte rupestre do País.
“Buíque cuida para que os registros de experiências dos nossos antepassados estejam registrados nas rochas, por meio de traços que resistiram ao tempo. Isso precisa ser ressaltado e valorizado para que possamos cuidar de sua preservação”, explica Isaltino. Ele comenta sobre a importância do turismo arqueológico, ladeado pelos turismos ambiental e ecológico. “O Vale do Catimbau agrega tudo. Lá há a narrativa da nossa história e um deslumbre de visual que todos devem conhecer”, complementa.
“Muito feliz a iniciativa do deputado Isaltino. O título é importante porque amplia a visibilidade para o Vale do Catimbau. Conhecer o local permite que as pessoas entrem em contato com fontes ricas de nossa história, como as pinturas rupestres, além da fauna, flora e relevo singulares”, comemora Danielle Camelo, doutora em Educação e docente da Universidade Federal da Paraíba.
Buíque fica a 270 quilômetros do Recife, no sertão do Estado. Mais de 62 mil hectares de serra englobam o Vale do Catimbau, dividido entre as cidades de Buíque, Ibimirim e Tupanatinga. Foi nomeado parque nacional em 2022 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e é considerado o segundo maior do Brasil, atrás da Serra da Capivara, no Piauí.
Lá os visitantes dão de cara com enormes paredões de rocha e uma vegetação exuberante. São grutas, cavernas, cemitérios pré-históricos e pinturas rupestres com mais de seis mil anos. Na verdade, o vale tem fósseis de mais de 6.500 mil anos. É preciso intensificar o turismo responsável para conservar o patrimônio cultural e natural diante de possíveis depredações.
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