COMPESA investe em parcerias com o setor privado para ingressar no mercado da autoprodução de energia
O desafio das empresas de saneamento para reduzir custos com energia elétrica tem estimulado cada vez mais a aproximação das companhias com o setor privado. Nesse cenário, a Compesa vem se destacando e já tem parcerias e projetos em elaboração visando à diminuição do custo mensal com energia, atribuído principalmente ao uso de equipamentos utilizados nas captações nos mananciais e ao tratamento da água. A Companhia acaba de publicar o resultado do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) que lançou em 2019 para celebração de parcerias com o privado e tem meta de licitar as propostas vencedoras ainda nesse primeiro semestre. Um dos projetos aprovados diz respeito à autoprodução de energia, uma modalidade que é tendência no mercado por oferecer vantagens como sustentabilidade e economia.
O projeto aprovado para autoprodução de energia será para a construção de uma usina solar com capacidade de 135 MW no município de São José do Belmonte, no Sertão. A energia que será produzida poderá suprir o valor pago hoje pelas contas de 136 unidades consumidoras da Compesa de alta e média tensão, com fatura mensal acima de 25 mil. A estimativa é que a autoprodução de energia represente uma economia média, ao longo da concessão, de R$ 6,2 milhões por mês à Companhia, ou seja, até R$ 2,1 bilhões de economia nos 28 anos da concessão. O projeto foi desenvolvido por um consórcio entre as empresas Íntegra Projetos e Consultoria Empresarial LTDA, Soma Consultoria em Gestão Energética LTDA e Energo Engenharia e Consultoria em Energias LTDA.
Nos três primeiros anos da concessão, período necessário para a construção da usina fotovoltaica no Sertão, o fornecimento de energia à Compesa será realizado com a compra no mercado livre de contratação. O ambiente de negociações permite que o consumidor categorizado como autoprodutor produza sua energia elétrica e comercialize sua produção excedente e ainda, de acordo com a demanda, compre energia de outros consumidores. Para a presidente da Compesa, Manuela Marinho, o ingresso da Companhia no mercado livre é um passo importante e segue uma tendência de mercado.
“A entrada no mercado livre de contratação é uma tendência de grandes economias e a Compesa já ingressa nesse ambiente com a vantagem da sua própria usina. A nossa entrada nesse mercado agregará atratividade para investimentos do setor privado, que será responsável por 100% dos investimentos previstos, e vantagem econômica para a Compesa que reduzirá de maneira significativa a conta de energia. Esse é mais um passo na busca por soluções que reflitam em economia de custos, valor que pode ser aplicado em novos investimentos rumo à universalização do saneamento”, destaca Manuela.
Além da autoprodução, a PMI de Energia da Compesa resultou em um outro projeto aceito, sendo na modalidade de geração de energia distribuída. Este será para construção de três usinas solares flutuantes nas barragens Duas Unas, em Jaboatão dos Guararapes, Pirapama, no Cabo de Santo Agostinho, e Tapacurá, em São Lourenço da Mata, somando uma potência de 12 MW. A energia produzida pelas usinas será utilizada para suprir o valor pago atualmente pelas contas de baixa tensão da Companhia, cerca de 630 unidades consumidoras como escritórios e lojas de atendimento. Com o projeto, há expectativa de uma economia de R$ 2 milhões por ano para a empresa, cerca de 20% do valor das contas mensais de baixa tensão da Compesa atualmente. O projeto deve ser licitado também ainda no primeiro semestre desse ano e foi elaborado pelo consórcio entre as empresas Engeconsult Consultores Técnicos LTDA, Sunlution Soluções em Geração de Energia LTDA e MA3 Gestão Empresarial LTDA.
Também foi aceito, além dos dois projetos, o caderno técnico da Higra Industria LTDA, que prevê a instalação de turbinas em adutoras da Compesa com capacidade de geração de 0,7 MW.
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