Destaques Brasil avança na transição energética com sanção da Lei do Combustível do Futuro

Brasil avança na transição energética com sanção da Lei do Combustível do Futuro


Nova legislação, que destina R$ 260 bilhões em investimento, visa fortalecer a mobilidade sustentável e a economia de baixo carbono; MCTI tem participação efetiva desde o início do programa

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou, nesta terça-feira (08), da sanção do Projeto de Lei 528/2020, composto por uma série de iniciativas que visam promover a mobilidade sustentável de baixo carbono e consolidar a posição do Brasil como líder na transição energética global. O ato, comandado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ocorreu na Base Aérea de Brasília, durante a Liderança Verde Brasil Expo, a maior feira do país sobre tecnologias de descarbonização.

“Com isso, nós estamos dialogando com a transformação ecológica, com o meio ambiente, na medida em que isso ajuda na economia verde e na descarbonização. É uma matéria que une o Brasil”, pontuou a ministra Luciana Santos.

A Lei do Combustível do Futuro cria programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano, além de aumentar a mistura de etanol e biodiesel à gasolina e ao diesel, respectivamente.

“O Brasil vai sair na frente, porque temos muitas pessoas preparadas para não depender de ninguém. E vai depender de nós, porque quando criamos uma matriz energética e a oferecemos ao mundo, aumentamos a nossa responsabilidade”, exaltou o presidente Lula.

A Lei também institui um marco regulatório para a captura e a estocagem de carbono e destrava investimentos que somam R$ 260 bilhões, criando oportunidades que aliam desenvolvimento econômico à geração de empregos e ao respeito ao meio ambiente, evitando a emissão de 705 milhões de toneladas de CO₂ até 2037.

MCTI na Lei do Combustível do Futuro

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) tem participação efetiva desde o início do programa Combustível do Futuro, com a Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação participando do comitê técnico da ação. Também foi responsável pela coordenação do subcomitê de PD&I e participou da discussão de outros subgrupos.

A pasta lançou cinco editais de subvenção econômica de fluxo contínuo do programa Mais Inovação Brasil, parte da Nova Política Industrial brasileira, a Nova Indústria Brasil. Nos editais, foram ofertados R$ 850 milhões em recursos não reembolsáveis para que as empresas realizem projetos de inovação em parceria com ICTs.

Os investimentos em diferentes áreas estratégicas somam valores significativos: Energias Renováveis, com R$ 250 milhões; Bioeconomia, também com R$ 250 milhões; Aviação Sustentável, com R$ 120 milhões; Mobilidade Urbana, com R$ 150 milhões; e, por fim, Resíduos, Saneamento e Moradia, totalizando R$ 80 milhões.

Já a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), unidade vinculada ao MCTI, em parceria com o BNDES, lançou recentemente uma chamada pública que impulsionará o desenvolvimento de biorrefinarias e tecnologias inovadoras para promover a descarbonização dos setores de transporte aéreo e marítimo no Brasil.

Com cerca de R$ 6 bilhões para investimentos em combustíveis verdes, incluindo o Combustível Sustentável de Aviação e o combustível sustentável para navegação, esse recurso é mais um incentivo que integra as políticas do governo federal, contribuindo para o Plano de Transformação Ecológica e para a Política Nacional de Transição Energética. “É a Ciência e a Tecnologia a serviço do desenvolvimento, integrado totalmente à Nova Indústria Brasil”, completou a ministra Luciana Santos.

Carlos Peruca 09 out 2024 - 15:40m

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