Programa “Na Real” aborda a prevenção ao consumo precoce de álcool com alunos do Jaboatão
No mês de agosto, o programa “Na Real” chega a cinco escolas da Rede Municipal de Ensino do Jaboatão dos Guararapes, orientando alunos dos 10 aos 15 anos de idade sobre o uso precoce e indevido de álcool na adolescência. As atividades teatrais e de cinema são seguidas de debate, sempre com turmas do Ensino Fundamental II. A Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes, por meio da Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a organização sem fins lucrativos, Aliança, realiza a abordagem desde 2022, com foco na formação cidadã e no autocuidado, dialogando com os estudantes numa linguagem acessível à sua compreensão e considerando a sua realidade cotidiana.
O programa, que já passou por 22 escolas do município, trata sobre as escolhas que poderão ter impactos indesejados em projetos de vida, bem como riscos à saúde e integridade física dos estudantes. São também abordados alguns pontos de apoio, em caso de eventual envolvimento com o hábito indesejado (consumo de bebidas), como a ajuda de outras organizações, tal qual o Centro de Valorização da Vida (CVV), por exemplo, e o auxílio de profissionais habilitados.
Nesta terça-feira (6), a Escola Municipal Poeta Castro Alves, na Vila Sotave, recebeu a ação. Na sequência, virão ainda as escolas municipais Castelo Branco (14/08), Roberto Inácio (15/08), Nizete Vieira (27/08) e Marízia dos Santos (em agendamento).
“Queremos atingir os adolescentes numa linguagem que eles entendam, tendo o objetivo de prevenir o consumo precoce do álcool”, explicou Kalina Santos, coordenadora educacional de Gestão Democrática da Secretaria Municipal de Educação. Por isso, o mote desta ação é “empoderando gerações para escolhas conscientes a respeito do não-consumo de álcool”, definiu.
Algumas escolas recebem uma peça teatral, seguida de um debate com os alunos, enquanto outras são contempladas com a exibição de um filme de cinema (curta-metragem), também seguido de um debate. A escolha da atividade leva em consideração a estrutura da escola. Para Suely Silveira, coordenadora de Gestão Democrática da Secretaria Municipal de Educação, o consumo indesejado de álcool na adolescência pode “interferir negativamente no desenvolvimento físico e emocional dos alunos, como também em seus projetos de vida”.
“Gente, nós não devemos consumir bebidas alcoólicas e nem fumar. Bebam água!”, surpreendeu a todos o aluno Pedro Guilherme Guedes, 12 anos, do 6° ano (Fundamental II). Já Niquésya Isabel Araújo, 14 anos, do 9° ano (Fundamental II) gostou da peça apresentada porque “achou legal a forma de mostrar como as amizades podem influenciar negativamente a gente”. “E também mostra como os pais querem uma realidade diferente para nós, pois muitos deles passaram por dificuldades na vida. O meu sonho é dar uma boa casa para a minha mãe, enfim, tudo do bom e do melhor, como ela sempre quis proporcionar para mim”, completou.
Na mesma linha do caminho ao qual certas escolhas podem nos conduzir, Samuel Eduardo Campos da Silva, 14 anos, 9° ano, definiu muito bem a questão da consciência individual dos alunos. “Acredito que a gente tem que discernir por si próprio o que é certo e o que é errado”, frisou.
Fotos: Chico Bezerra/PMJG
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