Opinião Marco Aurélio Filho lamenta terceiro lugar do frevo em músicas tocadas no Estado

Marco Aurélio Filho lamenta terceiro lugar do frevo em músicas tocadas no Estado


Com base numa lista do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), o vereador Marco Aurélio Filho (PRTB) denunciou que, em pleno carnaval, a música mais tocada neste período, no Estado, não é o frevo, como se poderia supor, mas uma música baiana de axé. “O segundo lugar” ficou com uma canção da dupla sertaneja Maiara e Maraisa, chamada Medo bobo. O frevo Vassourinha aparece apenas no terceiro lugar”, lamentou, na reunião plenária híbrida, realizada na manhã desta segunda-feira (28), pela Câmara Municipal do Recife.

O parlamentar lembrou que, ao mesmo tempo que vivemos essa situação, que ele chamou “um terceiro lugar vergonhoso e constrangedor”, o município do Recife dispõe de uma lei que foi originada num projeto de lei de autoria do então vereador Marco Aurélio Medeiros, atualmente deputado estadual. A legislação, que foi sancionada pelo então prefeito Geraldo Julio, obriga as emissoras de rádio do Recife a tocar dois frevos por dia em sua programação. “Nós precisamos divulgar nossos ritmos e manifestações culturais e lembrar que o frevo, no nosso caso, é para ser lembrado em 365 dias”.

Marco Aurélio Filho reforçou a tese de que “defendendo nossos valores culturais é que resguardamos a política cultural, assim como a manutenção das políticas públicas para salvaguardar os nossos artistas”. Ele lembrou que, na semana passada, realizou uma reunião solene, para comemorar o Dia do Frevo, quando divulgou uma “playlist” chamada “Vozes do Carnaval”. Essa playlist, segundo ele, está em todas as redes sociais. O parlamentar fez um apelo, ao presidente da Câmara Municipal do Recife, vereador Romerinho Jatobá (PSB), para que a playlist seja disponibilizada também para a comissão especial que trata das questões relacionadas ao carnaval.

Antes de falar sobre o Carnaval e o frevo, o vereador Marco Aurélio Filho pediu um minuto de silêncio em sinal de pesar contra o conflito bélico que está ocorrendo no Leste Europeu. “Esta cidade e esta Câmara sempre foram vanguardistas. Precisamos ter uma forma de demonstrar que estamos atentos ao que está ocorrendo no mundo. Lamentamos porque este não é o momento de uma guerra. O diálogo é fundamental”. Ele lembrou ainda que uma das maiores escritoras brasileiras, que se autoproclamava pernambucana e recifense, Clarice Lispector, tem origem ucraniana. “Há 100 anos a família de Clarice fugia daquela região pelas mesmas estradas daqueles que estão fugindo agora de lá”, lamentou.

Juliany Maria 01 mar 2022 - 8:18m

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