Destaques Governo Federal destaca 500 profissionais para combate de incêndios no Pantanal

Governo Federal destaca 500 profissionais para combate de incêndios no Pantanal


Governos estaduais estão pactuados com proibição de queimadas; 85% dos focos são em propriedades privadas

O Governo Federal está mobilizado no combate aos incêndios no Pantanal. Atualmente, cerca de 500 profissionais do Governo Federal estão envolvidos na operação: 134 brigadistas do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), 82 integrantes da Força Nacional de Segurança Pública para apoiar o combate em Unidades de Conservação federais, 193 profissionais do Ibama e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e 92 do Comando do 6º Distrito Naval. A operação no Pantanal também conta com oito helicópteros, além de um avião KC-390 da Força Aérea Brasileira (FAB), com capacidade para carregar cerca de 12 mil litros de água. É a primeira vez que a aeronave é usada em operações de combate a incêndios.

Governos estaduais estão pactuados com proibição de queimadas; 85% dos focos são em propriedades privadas.

A imagem mostra um brigadista combatendo o fogo em terra enquanto um avião joga água sobre as chamas de um incêndio no Pantanal (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

OGoverno Federal está mobilizado no combate aos incêndios no Pantanal. Atualmente, cerca de 500 profissionais do Governo Federal estão envolvidos na operação: 134 brigadistas do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), 82 integrantes da Força Nacional de Segurança Pública para apoiar o combate em Unidades de Conservação federais, 193 profissionais do Ibama e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e 92 do Comando do 6º Distrito Naval. 

O Governo Federal criou uma sala de situação dedicada às ações de prevenção e controle de incêndios e secas em todos os biomas, com foco inicial no Pantanal, no dia 14 de junho. A primeira reunião do grupo foi realizada em 17 de junho. Ficaram acertadas medidas como ampliação de recursos e simplificação do processo para contratação de brigadistas, equipamentos e aeronaves, entre outras. 

A sala de situação funcionará no âmbito da Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas, recriada nesta gestão. A comissão presidida pela Casa Civil reúne 19 ministérios, com o Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) na secretaria-executiva. O objetivo é enfrentar a situação no Pantanal de forma preventiva e permanente. Com a grave estiagem, a grande quantidade de matéria orgânica em combustão e a insuficiência das cotas de cheias nos rios exigem ação coordenada. 

Em 24 de junho, houve uma segunda reunião da sala de situação criada para tratar o tema, quando a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, anunciou o aumento do efetivo de profissionais para combate ao fogo no Pantanal

Na última sexta-feira (28), as ministras Marina Silva e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) desembarcaram em Corumbá (MS), um dos municípios que apresenta mais focos de incêndio. “O nosso trabalho está integrado aos governos locais e vamos ver de perto a situação que já estamos acompanhando diuturnamente. Não faltarão recursos, com responsabilidade, para salvarmos a maior planície alagável do mundo”, afirmou a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, ao destacar recomposição de R$ 100 milhões em favor do MMA, que já estão sendo alocados para Ibama e ICMBio.

Além disso, o MMA realizou em Campo Grande (MS) oficina com representantes dos governos de MS e de MT e dos Corpos de Bombeiros para avançar na identificação de prioridades, análise da situação e articulação das ações de campo. O Governo Federal identificou 18 focos de incêndio no Pantanal e os responsáveis estão sendo investigados pela Polícia Federal.

A ministra do Meio Ambiente pontuou, após a reunião, que 85% dos incêndios estão em propriedades particulares. “Nós temos uma responsabilidade sobre as Unidades de Conservação federais, mas, neste momento, dos 27 grandes incêndios, o Governo Federal está agindo em 20, mesmo não sendo da nossa competência, porque o fogo não é estadual, não é municipal, o fogo é algo que destrói a vida e cria prejuízos econômicos, sociais e ambientais”, garantiu a ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática.

Nesta segunda-feira (1º de julho), na mais recente reunião da sala de situação, a ministra Marina Silva apontou que o Governo Federal montou uma base no sul de Corumbá (MS) e outra no km 100 da rodovia Transpantaneira para estabelecer planejamento estratégico e a logística das iniciativas de combate ao fogo. O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, falou sobre o apoio aos 12 municípios da região que já decretaram situação de emergência e que estão recebendo auxílios federal e estadual com planos de trabalho devido a provável necessidade de água, combustível e alimentação.

Tema de trabalho desde início do governo

O bioma do Pantanal é um foco de atenção do MMA desde o início desta gestão. Em abril de 2023, foi lançado o Plano de ação para o manejo integrado do fogo no bioma Pantanal,  com o intuito reduzir as queimadas na maior planície alagada do mundo e, consequentemente, conter emissões de carbono para a atmosfera e proteger a biodiversidade da região. 

A partir de levantamento técnico do contexto climático, de dados de geoprocessamento, como informações sobre acúmulo de material combustível, o documento aponta áreas de risco para ocorrência de incêndios florestais em 2023. Assim, propõe ações de prevenção, preparação e combate aos incêndios a serem realizadas de forma integrada por entidades governamentais, terceiro setor e sociedade civil.

Nesse sentido, o plano prevê: a capacitação de técnicos e gestores dos órgãos estaduais de meio ambiente para realização de queimas prescritas; a formação de brigadas; a realização de campanhas e atividades de comunicação e educação ambiental; o monitoramento das queimadas por sensoriamento remoto; a preparação de aceiros; a ampliação do contingente de investigadores para realização de perícias; dentre outras ações.

Em setembro do ano passado, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática firmou parceria com o Governo do Mato Grosso do Sul, que editou um decreto suspendendo as licenças e autorizações para supressão vegetal na região. Em maio deste ano, o MMA já destacava o agravamento da situação no Pantanal em razão da mudança do clima e do fenômeno El Niño. No mesmo mês, a Agência Nacional de Águas declarou situação crítica de escassez hídrica na região hidrográfica do Paraguai. Os valores mensais de 2024 medidos em Ladário (MS), onde fica a principal régua do Rio Paraguai, foram os menores da série histórica, segundo dados da Marinha do Brasil. O Pantanal enfrenta a seca mais grave em 70 anos. Em maio e junho deste ano, todos os focos de calor no bioma foram causados por ação humana, sem registro de incêndios causados por raio no período.Pacto com governos estaduais no combate a incêndiosEm 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, o governo federal firmou pacto com os governadores do Pantanal e da Amazônia para combate a incêndios nos dois biomas, que já está em curso com uma série de medidas. O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, o vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, governadores da Amazônia e de outros estados, como Bahia e Rio Grande do Sul, participaram do ato.Devido à mudança do clima, estima-se que a estação chuvosa na Amazônia tenha encurtado em média 27 dias nos últimos 15 anos. A estiagem é intensificada por um dos El Niños mais fortes da história: em maio de 2024, o Rio Madeira registrou a menor cota de sua série histórica. A parceria prevê a suspensão das autorizações de queima até o fim do período seco e quando há previsão de ondas de calor, além da disponibilização de recursos humanos, materiais e financeiros. Determina também definição de áreas e ações prioritárias para prevenção e combate, maior articulação interinstitucional e iniciativas de monitoramento e avaliação de resultados, entre outros pontos. 

Corumbá (MS), 30/06/2024 – Brigadistas da comunidade quilombola Kalunga, em Goiás, chegam ao Pantanal como reforço na equipe do Prevfogo/Ibama e enfrentam vegetação densa em seu primeiro dia de combate na região. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Corumbá (MS) 28/06/2024– As ministras, Marina Silva (c) e Simone Tebet (d), visitam brigada do PREVFOGO (MG) que ajudará ao combate ao incêndio que atinge o Pantanal. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Carlos Peruca 02 jul 2024 - 21:17m

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