Projeto cultural realiza mediações de leitura e distribuição de livros em áreas periféricas do Recife
Proposta visa contribuir para a Política Estadual do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas em localidades consideradas Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS, na capital pernambucana
A Rede de Bibliotecas pela Paz, da Prefeitura do Recife, considerados espaços de convivência, aprendizado e cidadania, onde a leitura e o acesso ao conhecimento são instrumentos para construção da paz e justiça social, recebem, pela primeira vez, nos dias, 17 e 27 de julho; e 09 e 14 de agosto, as atividades do projeto cultural “Nas Dobras do Livro”, incentivado pela Secretaria de Cultura do Recife e a Fundação de Cultura Cidade do Recife, por meio do Sistema de Incentivo à Cultura – SIC 2021/2022. Para saber como participar é preciso acessar o www.instagram.com/colofao.lab/.
Em uma iniciativa pioneira, a ação, que inclui mediações de leitura e distribuição de livros, será realizada nas bibliotecas instaladas dentro das unidades do Compaz Dom Helder Câmara, no bairro do Coque; Compaz Paulo Freire, no Ibura; Compaz Miguel Arraes, na Madalena; e Compaz Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha. Toda programação será realizada gratuitamente.
A ideia, que tem como objetivo contribuir para a Política Estadual do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Estado de Pernambuco, vai contar com um ciclo de mediações de leituras, ofertados, gratuitamente, para adolescentes, jovens, idosos, pessoas com deficiência e público LGBTQIAPN+, que residem em quatro localidades consideradas Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS. Cada encontro deve durar cerca de 2 horas de leitura e debates. As sessões serão mediadas pelo professor, Gabriel Santana, e contará com o recurso de acessibilidade de intérpretes de Libras.
Dentro da proposta do evento também está prevista a doação de um kit de livros para a Rede de Bibliotecas pela Paz, escritos apenas por mulheres. O acervo, conta com as publicações da vencedora do Prêmio Jabuti (2021 e 2022), Micheliny Verunschk (livro “B de bruxa”); da poeta Joy Thamires, mulher negra, moradora da periferia do Ibura (livro “Te Recito”); Odailta Alves, escritora independente nascida na favela de Santo Amaro, no Recife (livro “Clamor Negro”); e da escritora e pesquisadora de literatura e feminismo, Raíza Hanna Milfont (livro “Sol a pino”). Entre as temáticas abordadas, estão lutas antirracistas, o afeto entre mulheres negras, representações sobre o feminino e empoderamento feminista. Ao todo, cada kit contém uma média de 12 livros, sendo 3 exemplares de cada título. Somando, no geral, aproximadamente 50 livros.
“Cada livro escolhido para compor as ações do projeto, tem como proposta contribuir para o fortalecimento da bibliodiversidade dos acervos dos espaços de leituras da capital pernambucana. São livros artesanais, cuja materialidade tem um peso dentro da narrativa, e, através das mediações de leituras, queremos promover este encontro entre a literatura e o público”, afirma Fred Caju, curador do projeto.
FOTOS divulgação em anexo
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