Baixos índices de alfabetização em Pernambuco chamam a atenção de Jarbas Filho
Na sessão legislativa desta terça-feira (30), o deputado estadual Jarbas Filho aproveitou a passagem do Dia Nacional da Educação, celebrado no último domingo (28), para comentar os indicadores de alfabetização do estado divulgados recentemente pelo Tribunal de Contas de Pernambuco. Segundo o Índice de Compromisso com a Educação, 85% das cidades, o que representa 156 municípios, apresentaram baixo desempenho no censo elaborado pelo órgão para medir a alfabetização de crianças do 1º e 2º ano do ensino fundamental.
“De acordo com o MEC, Pernambuco tem cerca de 2,1 milhões de alunos na educação básica. Desse total, 1,1 milhão estuda nas redes municipais. São alunos que dependem da estrutura e das políticas de educação mantidas pelos municípios. Em 2019, o Governo Estadual lançou o Criança Alfabetizada, programa que colabora com as prefeituras e que segue até hoje. Porém, diante dos indicadores que o TCE mostrou, percebemos que ainda há muito a ser feito”, explicou o deputado em seu discurso.
O estudo realizado pelo TCE mostrou que mais da metade das cidades, 51%, foi classificada com nível crítico. Isso significa que 95 prefeituras não estão desempenhando um bom trabalho na alfabetização das crianças pernambucanas. Já 33,7% dos municípios ficaram em situação grave, representando 62 localidades. Somente 9,2% das cidades pernambucanas tiveram nível razoável, ou seja, 17 municípios. Apenas 3,8% conquistaram o nível bom, sendo sete cidades: Buíque, Solidão, Serra Talhada, Caruaru, Cachoeirinha, Palmares e Olinda. Com o desempenho desejável, melhor indicador aferido pelo órgão, ficaram três prefeituras: Recife, Igarassu e Carnaíba.
O parlamentar ressaltou em como é estratégico e importante para o desenvolvimento social e econômico de Pernambuco e do Brasil investir fortemente nos primeiros anos da educação básica.
“O prejuízo para uma criança que não é bem alfabetizada é imenso. Ao não saber ler e escrever, ela não vai compreender o que é ensinado na escola. Esse problema pode acarretar em danos emocionais. Também pode resultar em reprovação e até abandono da escola, pois ela terá dificuldade em avançar nos estudos. Por isso precisamos colocar cada vez mais essas crianças no foco de políticas robustas de educação, independente de ser uma tarefa de prefeitura, Estado ou União. Para que essas crianças tenham oportunidades de estudar em escolas com ensino de qualidade e que possam, por meio da educação, vencer esse triste cenário de pobreza que vivem”.
Deixe uma resposta