Alepe realiza Kizomba Antirracista e promove curso gratuito de combate ao preconceito
Programação inclui palestras, debates e apresentações musicais que serão oferecidos gratuitamente ao público em geral. As inscrições já estão abertas
Para festejar o Dia Internacional contra a discriminação racial, comemorado em 21 de março, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) promoverá algumas atividades abertas ao público. A programação começa nesta quinta-feira (21), a partir das 14 horas, com a realização da ‘Kizomba Antirracista’, termo que significa encontro, confraternização, e o lançamento do 1º Caderno Alepe Antirracista, uma compilação de textos transcritos das palestras proferidas na jornada que ocorreu em novembro de 2023. A publicação tem como objetivo sensibilizar as pessoas sobre a importância de combater o racismo e a promoção da igualdade racial.
A programação inclui, ainda, um curso de capacitação para servidores da Casa, com foco no enfrentamento à discriminação racial, além de palestras, debates e apresentações musicais que serão oferecidos gratuitamente ao público em geral. As inscrições para participar do evento podem ser feitas pelo link: www.even3.com.br/kiboma-antirracista
A abertura do evento, nesta quinta, ficará a cargo da atriz Naná Sodré e terá a apresentação cultural da banda Café Preto. A solenidade acontece no auditório Sérgio Guerra, às 14h, na sede da Alepe.
Reflexão e formação
Uma das palestras do evento terá como tema “21 de Março: Reflexões sobre o Caminho para a Igualdade Racial” e será proferida pela professora da Unicap, Valdenice Raimundo. A segunda será ministrada por Clébio Correia, professor de história e coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro (NEAB) da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), que abordará “A Contribuição da Cultura Afro-Brasileira para a Formação da Identidade Nacional”.
Na segunda parte do evento, haverá o lançamento do 1º Caderno da Jornada Antirracista. A mesa será presidida pelo professor Ari Cruz, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e a apresentação do caderno será do professor Edilson Souza, um dos autores da publicação, e de Rodrigo Marinho, coordenador pedagógico do curso Alepe Antirracista que será lançado na ocasião. O professor, cantor e compositor, Lepê Correia, fará a apresentação de encerramento do evento.
Alepe Antirracista
A proposta de formação Alepe Antirracista teve início em 2023 com a realização da jornada de mesmo tema. A capacitação, voltada inicialmente para funcionários da Assembleia, começa no próximo dia 22 e segue até agosto, com pausa em julho (recesso parlamentar). Será realizada presencialmente com duas turmas. Uma edição online para o público em geral será oferecida no segundo semestre.
Os temas serão os mesmos, com exceção do 5º módulo do curso presencial que incluirá ‘Monitoramento e Avaliação’, voltado exclusivamente para análise e apresentação de propostas dos professores e servidores da Alepe.
Temas do curso
O 1º módulo vai tratar dos ‘Fundamentos do Letramento Racial e do Antirracismo. O 2º abordará o ‘Racismo Estrutural e suas Manifestações’. No 3º, a abordagem terá como temática ‘Desconstruindo o Racismo e Construindo uma Identidade Antirracista’. Já o 4º módulo tratará do tema ‘Construindo uma Cultura Organizacional Antirracista e inclusiva’.
A formação será coordenada pela equipe do professor e pesquisador da cultura Afro, Lepê Correia, em conjunto com a Superintendência Geral da Alepe e a Escola do Legislativo (Elepe).
Pioneirismo
Para o primeiro secretário da Alepe, deputado Gustavo Gouveia, o curso é uma oportunidade de aprendizado e de reflexão sobre a discriminação racial e suas consequências. “Precisamos respeitar todas as pessoas, sobretudo porque vivemos em um país tão plural. Queremos estabelecer uma agenda antirracista na Alepe e lutar por liberdade para todos independentes de cor, raça e condição social”, afirmou.
Na avaliação do presidente da Assembleia, deputado Álvaro Porto, a pauta antirracista precisa estar no cotidiano do Legislativo. “É um curso oportuno e necessário porque abre uma ampla discussão sobre o tema e contribuir para difundir a cultura de combate às práticas racistas tão presentes na estrutura da sociedade”, destacou Porto.
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