No dia internacional da luta contra o câncer infantil, deputado Eduardo da Fonte ressalta projeto que inclui oncologia pediátrica nos cursos de medicina e enfermagem.
Tramita na Câmara o projeto de lei 6003/2023 de autoria do deputado federal Eduardo da Fonte que inclui, nos currículos dos cursos de medicina e enfermagem, conteúdos específicos referentes ao câncer infantojuvenil. A proposta é dar mais eficácia à luta pela redução da mortalidade e melhoria da qualidade de vida de crianças e adolescentes com neoplasia, pela qualificação dos médicos e enfermeiros, de forma a aumentar as chances de um diagnóstico precoce.
Apesar do progresso da medicina, o câncer infantojuvenil ainda é a doença que mais leva a óbito crianças e adolescentes de 0 a 19 anos no país, sendo superado somente em situações de acidentes e violência. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a taxa média de sobrevida é de 64%.
Todavia, observa-se, conforme o INCA, há uma diferença entre os percentuais de sobrevida nas regiões do país: no Sul/Sudeste, 80% das crianças e jovens acometidos pela doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente, e tratados em centros especializados. Esse número é comparado ao de países desenvolvidos. Já no Norte/Nordeste o percentual de cura é menor, fazendo cair a média nacional.
Ainda segundo um levantamento feito pelo INCA o tempo entre a percepção de sintomas e a confirmação diagnóstica do câncer infantojuvenil é longo, fazendo com que muitos pacientes cheguem ao tratamento em fase avançada da doença, diminuindo as possibilidades de cura. O diagnóstico precoce e a definição do tratamento adequado, de forma a dar às crianças oportunidades de uma vida plena, passa necessariamente pela qualificação dos nossos médicos e enfermeiros.
Para o deputado “a melhoria desses índices passa pelo aperfeiçoamento da qualificação dos futuros médicos e enfermeiros, pois a grande maioria não aprende sobre o câncer infantojuvenil durante a formação universitária. O contato dos futuros profissionais de saúde com o tema vai agregar muito e evitar que as crianças passem por várias consultas e que sejam ministrados tratamentos paliativos até chegar ao diagnóstico”.
Para conhecer os benefícios de um diagnóstico assertivo, precoce e de tratamento adequado, o deputado federal foi visitar o setor de oncologia pediátrica do IMIP, em companhia dos deputados estaduais Dannilo Godoy e Adalto Santos, recepcionados pela Superintendente de atenção à saúde do IMIP, dra. Adriana Scavuzzi e pela coordenadora dos Serviços da radioterapia do Instituto de medicina Fernando Figueira, Ana Luiza Fassizoli.
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