Destaques Risco de crises alérgicas aumenta no São João

Risco de crises alérgicas aumenta no São João


O período junino é sempre de muita festa, mas também é um momento para redobrar os cuidados com a saúde, especialmente se você já sofre com alguma doença alérgica. Fogos de artifício e fogueiras podem causar problemas para quem tem alergias oculares, rinite, sinusite ou outras condições do tipo.

“No São João, com o uso de fogos de artifício e as fogueiras, a gente tem um aumento na incidência de acidentes e alergias oculares. E quem já tem uma predisposição apresenta piora na alergia”, explica a oftalmologista Laura Sabino, do HOPE, hospital integrante da rede Vision One. “As conjuntivites alérgicas e as ceratites são as doenças mais associadas a esses quadros no período junino”, complementa a especialista do HOPE.

Além do calor do fogo, a fumaça das fogueiras e a exposição à queima de substâncias tóxicas podem trazer doenças como as conjuntivites alérgicas ou químicas. Ainda devemos manter distância de cinzas, fagulhas ou brasas, que podem causar danos caso atinjam os olhos. “Sempre que estiver nesses locais com fumaça e faíscas, é preciso proteger a região ocular, não ficar olhando diretamente para os fogos e manter uma certa distância para evitar que fuligem e pedaços de pólvora entrem em contato com a superfície do olho”, acrescenta a oftalmologista Laura Sabino.

Além das fogueiras, os fogos de artifício podem danificar a visão quando não são utilizados de maneira segura, podendo levar a queimaduras da superfície ocular ou ainda trazendo corpos estranhos para os olhos, por conta da pressão durante a explosão. Acidentes do tipo podem causar lesões na córnea ou até mesmo perfuração do globo ocular, por exemplo. “Primeiro é importante soltar fogos de forma responsável, seguindo as instruções de uso e comprando em lugares apropriados. Mesmo assim, os fogos ainda podem causar danos, pois até uma pedrinha de um traque de massa pode se dirigir aos olhos e causar lesões”, orienta a oftalmologista Laura Sabino.

Em casos de acidentes com os olhos, a orientação é procurar um oftalmologista com urgência. “Primeira coisa é lavar com água corrente potável ou soro fisiológico. A limpeza ocular só não é recomendada em acidentes com sangramento. Nesses casos, é preferível cobrir a área com gaze ou um pano bem limpo e procurar imediatamente uma emergência oftalmológica, porque pode ter havido perfuração ocular. Também se deve evitar o uso de pomadas, unguentos e similares porque isso pode agravar a lesão”, afirma a oftalmologista do HOPE.

As alergias respiratórias são outro problema que aparece com frequência no período junino. “São bem comuns nessa época as crises de alergia, tanto pela irritação física das fogueiras, como pelos produtos de fogos de artifício, que deixam no ar vários produtos químicos (pólvora, enxofre, lítio, magnésio entre outros) como resultado da combustão. São eles que causam irritação nas mucosas respiratórias e podem desencadear as rinites e bronquites e reações alérgicas”, alerta a otorrinolaringologista Kátia Virgínia, do HOPE. “Obstrução nasal, coriza, espirros, tosse e falta de ar são sintomas relatados pelos pacientes”, completa a especialista.

Ouvidos também podem ser afetados

E os perigos não param por aí, já que o estampido causado pelos fogos também pode causar danos à nossa audição. O volume alto das músicas é outro vilão para os ouvidos. “O trauma acústico pode gerar perda auditiva uni ou bilateral, temporária ou em casos mais graves permanente. E o risco é maior ainda para aqueles que já tem algum grau de perda auditiva. Além do som emitido ser de alta intensidade ele é muito rápido, não dando tempo do sistema auditivo ter alguma resposta protetiva”, diz a otorrinolaringologista Kátia Virgínia, do HOPE.

A exposição prolongada aos ruídos de alta intensidade pode gerar traumas auditivos, zumbidos ou até mesmo perfuração dos tímpanos. “Idealmente, é importante usar protetores auriculares e procurar manter distância em relação às explosões. Outra recomendação é que ao estar exposto a sons de alta intensidade esse tempo não ultrapasse 10 a 15 minutos”, alerta a otorrinolaringologista do HOPE.

Caso a dificuldade para ouvir persista, é necessário procurar um otorrinolaringologista para avaliar os danos e recomendar o tratamento correto. “Se logo após exposição a esse tipo de ruído sentir dor de ouvido, zumbido, tontura ou sensação de não estar ouvindo bem, a recomendação é procurar uma emergência otorrinolaringológica o quanto antes. Caso não consiga ir de imediato, a orientação é ficar em ambiente silencioso, com repouso acústico e físico e uso de analgésicos para dor”, finaliza a otorrinolaringologista Kátia Virgínia.

Carlos Peruca 22 jun 2023 - 15:00m

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