Gestão Apoio à mulher empreendedora é foco de novo projeto de lei da Delegada Gleide Ângelo

Apoio à mulher empreendedora é foco de novo projeto de lei da Delegada Gleide Ângelo


A deputada Delegada Gleide Ângelo apresentou o projeto de lei N° 2320, que define a criação da Política Estadual da Mulher Empreendedora. A medida pretende promover e facilitar o acesso ao crédito empreendedor às pernambucanas, a fim de estimular a abertura de novos negócios chefiados por mulheres, seja pela criação de moldes para o incentivo a investidores conhecerem ideias desenvolvidas por elas, seja com a oferta de auxílio às empreendedoras no processo de formação de novos negócios.

Além disso, a proposta também prevê a reserva de 10% das vagas e dos recursos oferecidos nos programas de concessão de linhas de crédito do estado para as mulheres microempreendedoras individuais (MEI), integrantes de associações e cooperativas e gestoras de micro e pequenas empresas. “Estamos passando por uma crise sem precedentes, por isso, precisamos promover o desenvolvimento da economia. Temos de oferecer meios para que mais mulheres recuperem os espaços perdidos no mercado. Afinal, elas foram as principais prejudicadas com o atual cenário”, explica.

A deputada se refere aos dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Um levantamento do órgão apontou que, em Pernambuco, 99,5% das vagas de emprego com carteira assinada extintos em todo o ano de 2020, eram ocupados por mulheres. O percentual alarmante evidencia mais uma situação de vulnerabilidade à qual as mulheres estão expostas. Além disso, o período de isolamento social acentuou a desigualdade de gênero, já que, o acréscimo da concentração de famílias em casa, também aumentou a sobrecarga em atividades domésticas e cuidado com os filhos – afazeres tradicionalmente delegados às mulheres da família.

Juntos, estes dois fatores trazem como consequência a menor participação das mulheres no mercado de trabalho dos últimos 30 anos. “Essa desigualdade já era realidade. A mulher era mãe, dona de casa, profissional e tinha que dar conta de todas as atividades. Mas, com a pandemia, a situação da maioria ficou impraticável. Como manter o emprego, em meio ao isolamento social com as crianças integralmente em casa, sem rede de apoio? Por isso, muitas mulheres estão cada vez mais envolvidas no desenvolvimento do próprio negócio. É uma questão de sobrevivência”, ressalta a parlamentar.

Juliany Maria 07 jun 2021 - 19:56m

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