Quase duas mil toneladas de lixo foram retiradas do sistema de esgotamento sanitário em 2020
Jogar restos de comida e de óleo de cozinha em pias de residências e lançar fios de cabelo, cotonetes, absorventes, preservativos e fraldas descartáveis em vasos sanitários ou ralos são algumas das atitudes que prejudicam o bom funcionamento das redes de esgoto. O descarte incorreto de resíduos pode acarretar o entupimento e extravasamento das tubulações, e até mesmo o retorno do esgoto para dentro dos imóveis.
A Compesa, que comanda o Programa Cidade Saneada em parceria com a BRK Ambiental, alerta que, só em 2020, foram retiradas quase 2 mil toneladas de lixo das tubulações de esgoto na Região Metropolitana do Recife, além de realizada a limpeza de 370 mil metros de tubulações. Apesar de apresentar uma redução de 35% em relação ao ano de 2019, quando foram retiradas mais de 3.000 toneladas de lixo, o número deste ano ainda é muito expressivo e requer o cuidado de toda a população que deve fazer a sua parte.
Neste cenário que ainda preocupa, o diretor de Negócios e Eficiência da Compesa, Flávio Coutinho, reforça a importância da contribuição da população para reduzir esse número e garantir a destinação correta dos resíduos. “É importante sensibilizar todos a respeito do tema e lembrar que as redes de esgoto são projetadas para receber apenas 1% de resíduos sólidos e 99% de líquidos. Quando um resíduo sólido é descartado nos ralos, pias ou vasos sanitários, isso pode resultar em entupimentos, vazamentos e até mesmo provocar o retorno do esgoto ao imóvel, trazendo transtornos para o próprio usuário ou para toda a população”, enfatiza Coutinho.
“O problema do lixo nas redes de esgoto é crônico em nossa região e, por isso, nossas equipes de Responsabilidade Socioambiental trabalham fortemente com as comunidades atendidas e nas escolas esse tema tão importante. Só em 2020, foram realizadas mais de 5 mil ações de sensibilização sobre o correto uso das redes de esgoto”, fala a diretora da BRK Ambiental em Pernambuco, Ana Carolina Farias.
Outra atitude bastante nociva ao sistema de esgotamento sanitário é a interligação indevida e irregular das redes de drenagem nas tubulações do esgoto. Proibidas por lei, essas ligações irregulares podem causar o entupimento e o extravasamento do esgoto em vias públicas, além de causar impactos danosos ao meio ambiente. As redes de esgoto são projetadas para receber, exclusivamente, o efluente dos banheiros, das pias e da cozinha.
Todo o lixo retirado pelas equipes é enviado para um aterro sanitário, local adequado para o descarte que cumpre todas as legislações ambientais vigentes.
Medidas para evitar problemas nas redes de esgoto:
• O óleo de fritura, depois de utilizado no preparo dos alimentos, deve ser armazenado em garrafas plásticas e entregue em pontos de coleta para que seja destinado corretamente a empresas que o adotam como matéria-prima.
• Materiais como fio de dente, preservativos, absorventes e fraldas descartáveis, cotonetes devem ser descartados no lixo comum. Já os restos de comida devem ser descartados no lixo orgânico.
• Todo imóvel deve ter uma caixa de inspeção ou Terminal de Inspeção e Limpeza (TIL) acessível na calçada ou próxima a ela, para que seja possível identificar problemas no esgotamento e realizar a manutenção das ligações de esgoto.
• Todo imóvel deve manter separada a rede de esgoto das tubulações de água pluvial (água de chuva).
• Em casos de entupimentos, extravasamentos ou retornos de esgoto, a população pode comunicar o fato à Compesa por meio dos canais de atendimento, como o telefone gratuito 0800 081 0185 e o site www.compesa.com.br, 24 horas por dia.
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